Cirurgias para emagrecer: quais as principais, como são feitas e como podem ajudar você. 

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Médicos realizando cirurgias para emagrecer - site Dr. Luiz Gustavo Oliveira cirurgião bariátrico Rio de Janeiro - RJ

As cirurgias para emagrecer desempenham um importante papel no tratamento da obesidade, trazendo benefícios não apenas em termos de emagrecimento, mas também no controle de outras doenças relacionadas ao problema.

É importante ficar claro que a obesidade é muito mais do que uma questão estética, ela é uma doença e envolve riscos inerentes ao próprio excesso de peso, sendo responsável pelo agravamento de uma série de comorbidades, como hipertensão, diabetes e apneia do sono.

cirurgia bariátrica é o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definida com o IMC (Índice de Massa Corporal) superior a 40. Para os pacientes que se enquadram neste critério, o sucesso do tratamento clínico costuma ser baixo, em torno de 5%.  Já com a cirurgia bariátrica, é possível obter resultados satisfatórios em até 95% dos casos.

Quem são os pacientes aptos a realizar as cirurgias para emagrecer?

Alguns critérios devem ser considerados pelo médico para avaliar se os pacientes estão aptos ou não a realizar as cirurgias para emagrecer. Para que a cirurgia bariátrica seja indicada, o paciente deve estar com o seu IMC, índice de massa corporal, estável por pelo menos dois anos e ter experimentado antes outros tratamentos clínicos, envolvendo dietas saudáveis, prática de atividades físicas e mudanças no estilo de vida.

Veja outros requisitos exigidos para a indicação da cirurgia bariátrica:

• IMC entre 35 Kg/m² e 40 Kg/m² com comorbidades associadas à obesidade, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doença do refluxo gastroesofágico, osteoartrose de joelhos, de tornozelos e/ou de quadril, hérnias de disco, apneia do sono e depressão;• IMC acima de 40 Kg/m², ou seja, com classificação de obesidade mórbida.

Vale lembrar ainda que quem tem IMC entre 30 e 35 pode ser submetido à cirurgia metabólica (equiparada à bariátrica, mas com foco na remissão de doenças graves), desde que seja comprovada a existência de comorbidades advindas da obesidade.

Em relação à idade, o paciente deverá ter 18 anos ou mais, não havendo limite superior. Caso ele tenha entre 16 e 18 anos, a cirurgia poderá ser realizada após uma avaliação específica.

Como são realizadas as cirurgias para emagrecer?

Atualmente, as cirurgias para emagrecer são realizadas, preferencialmente, por via minimamente invasiva, seja por meio da videolaparoscopia ou pelas cirurgias robóticas. As cirurgias minimamente invasivas possibilitam que sejam feitas incisões muito pequenas, diferentemente da cirurgia aberta, em que o médico realiza um corte de 10 a 20 centímetros no abdômen do paciente. Esses procedimentos garantem aos pacientes um melhor pós-operatório, com menos dores e desconfortos, além de proporcionarem que eles retomem suas atividades cotidianas mais rapidamente.

Na videolaparoscopia, as longas pinças cirúrgicas são introduzidas em pequenos orifícios na área do corpo do paciente a ser tratado. O procedimento é acompanhado por meio de uma televisão ou de um monitor cirúrgico. 

Na cirurgia robótica, por sua vez, em vez de cortes grandes para expor a área a ser tratada, são utilizadas pinças e câmeras, como na videolaparoscopia, mas elas são articuladas por um robô controlado pelo cirurgião. O comando de toda a operação é feito pelo cirurgião, que controla as ações realizadas pelos braços robóticos sentado em um console.

As vantagens destas cirurgias são inúmeras, incluindo menos dor no pós-operatório, menores chances de ocorrerem sangramentos e infecções, rápido retorno dos pacientes às atividades cotidianas, entre outras.

Tipos de cirurgias para emagrecer

A seguir, estão os principais tipos de cirurgias para emagrecer voltadas para o tratamento e controle da obesidade, sendo o Sleeve e o Bypass Gástrico os procedimentos mais utilizados. É fundamental destacar que a escolha da técnica cirúrgica deve ser feita de forma individualizada.

Gastrectomia Vertical ou Sleeve

Uma das cirurgias mais utilizadas e que traz melhores resultados, trata-se de um procedimento que envolve apenas o estômago, sem alterar o caminho natural do alimento. Nessa cirurgia, o estômago é transformado em um tubo que possui entre 80 e 100 ml (mililitros) de volume. Além disso, com a retirada do fundo gástrico, o paciente deixa de produzir a grelina, que é a substância responsável pela estimulação do apetite.

No Sleeve, como não é realizado o desvio intestinal, a absorção de determinados nutrientes permanece íntegra. Outra vantagem dessa técnica é que o emagrecimento ocorre de forma mais gradual, o que tende a ser mais benéfico para os pacientes.

Ademais, o Sleeve permite a avaliação endoscópica futura de todo o estômago residual e trato digestivo alto, e a perda de peso alcançada é maior do que a obtida com a banda gástrica ajustável, sem precisar de ajustes.

Bypass Gástrico

Nesse procedimento, também chamado de Y de Roux ou Fobi-Capella, é feito o grampeamento de parte do estômago, reduzindo o espaço disponível para o alimento. Em contrapartida, é criado um atalho entre a parte mais distal do intestino e o estômago, aumentando a sensação de saciedade dos pacientes.

Quando se trata de cirurgias para emagrecer, essa técnica é uma das mais realizadas no Brasil e no mundo, por ser bastante efetiva. Ela corresponde a cerca de 75% dos procedimentos, perdendo apenas para o Sleeve.

O paciente submetido ao Bypass Gástrico, geralmente, elimina uma média de 40 a 45% do peso inicial. Também ocorre a redução da produção de grelina, elevando o nível de saciedade, além de alterações nas concentrações de hormônios intestinais (incretinas).

Duodenal Switch

Essa técnica foi criada em 1978 e corresponde a uma associação entre a gastrectomia vertical e o desvio intestinal. Hoje, ela é pouco utilizada, o equivalente a aproximadamente de 5% dos procedimentos. 

Durante a cirurgia, 60% do estômago é retirado, porém, a anatomia básica do órgão e a sua fisiologia de esvaziamento são mantidas. O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, o que leva ao emagrecimento. 

Banda Gástrica Ajustável

Criada em 1984 e trazida ao Brasil em 1996, representa hoje menos de 1% dos procedimentos realizados no País, quase não sendo mais procurada. Apesar de não promover mudanças na produção de hormônios, essa cirurgia é bastante segura e eficaz na redução de peso (50% a 60% do excesso de peso inicial), o que também ajuda no tratamento de outras doenças.

Nela, um anel de silicone inflável e ajustável é instalado ao redor do estômago, o que torna possível controlar o esvaziamento do órgão. Contudo, a presença do anel na cavidade abdominal pode provocar problemas e complicações ao paciente, por isso, não é uma técnica muito recomendada.

Escolha das cirurgias para emagrecer

A escolha do procedimento mais adequado, entre os tipos de cirurgias para emagrecer, deve ser realizada juntamente com o médico, de acordo com as condições clínicas e as preferências do paciente. Estão entre os fatores que devem ser analisados para a seleção da técnica ideal: perfil alimentar; idade; comorbidades ligadas à obesidade; características anatômicas; e doenças preexistentes.

Portanto, é fundamental consultar um especialista para saber qual é o procedimento mais recomendado para o paciente, considerando as suas características e as necessidades particulares.

Mulher puxando calça jeans, mostrando que emagreceu - site Dr. Luiz Gustavo Oliveira, cirurgião bariátrico e gastrocirurgião RJ

Vantagens e desvantagens das principais cirurgias para emagrecer

Existem alguns tipos de cirurgias para emagrecer, todas são eficientes, mas com algumas diferenças importantes. Apesar de o público leigo considerar esses procedimentos somente como partes auxiliares no processo de emagrecimento, eles são bastante complexos. 

Antes de compreender o que mais muda no corpo, além da quantidade de massa corporal, queremos explicar um pouco mais sobre as distinções entre as técnicas disponíveis. As suas características individuais influenciam bastante na escolha da intervenção cirúrgica mais adequada.  

Quais as semelhanças entre bariátrica bypass e sleeve gástrico?

A bariátrica bypass e o sleeve gástrico possuem algumas similaridades. Logo após o procedimento, os pacientes que passaram por ambas as cirurgias precisam de 1 a 2 dias de internação. Durante esse período, eles ficam em observação, para verificar se existe algum sangramento ou complicação decorrente da bariátrica. 

Além disso, tanto o bypass quanto a gastroplastia sleeve têm como finalidade diminuir a quantidade de alimento ingerida. Os métodos só são parecidos até esse ponto, já que os mecanismos para atingir tal objetivo não são os mesmos, como veremos a seguir. 

Gastroplastia sleeve vs. bypass bariátrica

Agora, falaremos sobre as diferenças entre gastroplastia sleeve e bypass bariátrica. É importante frisar que as duas técnicas são consideradas tratamentos para o excesso de peso e a obesidade mórbida, mesmo sendo abordagens distintas. 

O método sleeve remove completamente uma porção do estômago, deixando-o como um tipo de tubo que vai até o intestino. É daí que vem o nome do procedimento, o tubo possui o formato de uma manga ou sleeve em inglês. 

Não há outras mudanças realizadas no organismo durante a cirurgia. Por isso, a modalidade sleeve é considerada menos invasiva. Ela mantém a absorção da maior parte dos nutrientes inalterados. Ao mesmo tempo, a perda de peso, geralmente, ocorre de forma um pouco mais gradual. O paciente chega a perder de 60% a 70% de sua massa corporal. 

A cirurgia do tipo bypass redireciona o fluxo de alimentos, criando um novo trânsito intestinal. O estômago vira um reservatório com capacidade para 20ml a 30ml de alimentos. A intervenção gera modificações na produção de hormônios relacionados à fome, como a grelina, diminuindo o apetite. A perda de peso pós-cirurgia bariátrica é mais rápida nesses casos, além de ser superior à técnica sleeve. 

Como escolher os tipos de cirurgia bariátrica?

Cientes de que existem diversos tipos de cirurgia bariátrica, alguns candidatos ao procedimento ficam na dúvida: como saber qual é o certo? 

Na realidade, mesmo quando falamos que um ou outro gera maior perda de peso, isso não é suficiente para levar à decisão. Não existe um único método perfeito, mas sim algo que combina mais com o organismo e a situação de saúde de cada pessoa. 

A escolha é baseada na avaliação do cirurgião, que considera vários aspectos do paciente, antes de fazer a recomendação. As duas técnicas provocam perda de peso, contudo, em longo prazo, tudo depende da manutenção. Quem consegue manter um estilo de vida saudável, com uma dieta balanceada e a prática de atividades físicas, tem maior probabilidade de continuar emagrecendo. 

Como escolher um bom cirurgião do aparelho digestivo?

Escolher um bom cirurgião do aparelho digestivo é fundamental para passar por todo o processo da forma mais tranquila possível. Afinal, o paciente deve selecionar um profissional com boa capacitação, muita experiência e que o deixe confortável.

Vale lembrar que um bom médico não é aquele que executa um excelente trabalho apenas no momento da cirurgia. Esse profissional precisa estar apto para auxiliar o paciente em todas as etapas, como a escolha do procedimento, a preparação e os cuidados após a bariátrica.

Mas se você está na dúvida sobre qual especialista escolher, observe esses 7 pontos que devem ser avaliados:

  1. Verifique as credenciais: o cirurgião precisa ser certificado por órgãos, como o Conselho Federal de Medicina e o Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Também é fundamental que ele faça parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. Além disso, é importante que ele dedique ao menos 50% do seu tempo de trabalho às cirurgias para emagrecer;
  2. Como é a reputação do profissional: se possível, verifique o que outros médicos pensam do cirurgião;
  3. Qual o nível de satisfação dos outros pacientes: converse com outras pessoas que passaram ou estão no mesmo processo para saber como é a experiência delas com o seu médico;
  4. Taxa de mortalidade e complicações da cirurgia: é possível fazer esse questionamento diretamente com o médico. Muitas pessoas podem ter receio em fazer esse tipo de pergunta, mas, desde que seja feita com educação e respeito, muitos profissionais não apresentam objeções em responder;
  5. Observe a experiência com o consultório: análise o conforto da instalação, os recursos disponíveis e a forma como a equipe trata os pacientes. É fundamental a presença de equipamentos adequados para pessoas obesas;
  6. Prefira um profissional que ofereça um programa de cirurgia bariátrica: como mencionamos, o médico deve acompanhar todo o processo, o que vai muito além da realização da cirurgia;
  7. Muita atenção ao pós-operatório: escolha um cirurgião que se preocupa em acompanhar seus resultados por um longo tempo após o procedimento. Pois os meses após a bariátrica são importantíssimos. O paciente ainda vai estar se adaptando à dieta, à prática de exercícios físicos e às mudanças que ocorrem em seu corpo. Para manter o emagrecimento a longo prazo e evitar ganhar peso novamente, é essencial algumas visitas ao cirurgião e também o acompanhamento de outros profissionais, como nutricionistas e psicólogos.

Outros benefícios das cirurgias para emagrecer

Os tipos de bariátricas não são simples cirurgias para emagrecer. Na realidade, eles ajudam os pacientes a encontrar melhor qualidade de vida de formas variadas. Isso inclui sim a perda de peso, no entanto, vai além ao ajudá-los a tratar diversas doenças crônicas associadas à obesidade. 

Entenda por que esse procedimento está cada vez mais popular na comunidade médica. 

1. Cirurgias para emagrecer e controle de doenças crônicas

Uma das principais recomendações de cirurgias para emagrecer é o controle de várias doenças crônicas. Esse é o motivo de as bariátricas sleeve e bypass terem liberação para pacientes com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35, contanto que tenham comorbidades. 

Atualmente, o rol de comorbidades que leva à indicação de uma bariátrica possui 25 doenças crônicas, incluindo: diabetes tipo 2; doença coronária; apneia do sono; asma grave; osteoartroses; hérnias discais; e refluxo gastroesofágico, entre outras.

É fundamental que os pacientes portadores dessas doenças obtenham êxito em estabilizá-las no pré-operatório. Desse modo, conseguimos reduzir os riscos da bariátrica. Após a cirurgia, a perda de peso e a mudança no estilo de vida também devem causar uma regressão no estado dessas enfermidades. 

2. Menor risco de problemas cardíacos

O excesso de peso e o acúmulo de gordura corporal estão fortemente ligados à presença de problemas cardíacos. A principal razão é a presença de dislipidemia, uma alteração nos níveis de gorduras no sangue que ocorre com frequência em pessoas com sobrepeso. Combinando o excesso de lipídios na corrente sanguínea com os hábitos sedentários, o risco cardíaco desse público é alto. 

Depois do procedimento, uma dieta restritiva e a adoção de exercícios físicos na rotina devem cooperar para a queda da gravidade do quadro. Conforme a pessoa perde peso, o risco de acidentes vasculares e cardíacos, como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto, também é reduzido. 

Três meses após a cirurgia, muitos conseguem observar uma razoável melhora no perfil lipídico. Isto é, em pouco tempo de pós-bariátrica, os pacientes ficam menos predispostos a doenças cardiovasculares. 

3. Maior expectativa de vida

Pesquisas apontam que quem passa por uma gastroplastia possui menor chance de morte prematura em longo prazo, quando comparado a indivíduos obesos. Na Suécia, um estudo científico recente revelou que pacientes têm 23% menos de probabilidade de ir a óbito ao longo de um período de 24 anos de acompanhamento. 

Um dos motivos é a redução de morte por doença cardiovascular nesses indivíduos. Quem optou por receber a bariátrica como tratamento ganhou em média 3 anos de vida. 

É claro que somente realizar a cirurgia não basta para garantir esses ganhos. O paciente que deseja ter maior expectativa de vida precisa ficar atento a todo o pós-operatório. Manter bons hábitos alimentares e de prática de atividades físicas colabora para a diminuição do reganho de peso, além de aumentar a longevidade. 

4. Cirurgias para emagrecer que melhoram a qualidade de vida

Após as cirurgias para emagrecer, boa parte dos operados relata uma melhora significativa na qualidade de vida. Isso ocorre devido a uma combinação de fatores, começando pela elevação da autoestima e da autoimagem. 

É comum que indivíduos obesos sofram com problemas para manter a sua vida social cotidianamente. Muitos deixam de sair de casa com frequência e evitam a convivência com os amigos e familiares. A dificuldade de mobilidade por causa de meios de transporte não adaptados a essa condição também prejudica o comparecimento desse público ao ambiente de trabalho e a atividades de lazer. 

Tudo muda após uma bariátrica. Com a perda de peso, essas atividades voltam a fazer parte da rotina. Muitos conseguem retornar ao trabalho e adotar uma vida social saudável.

Mulher magra acordando plena - site Dr. Luiz Gustavo Oliveira, cirurgião bariátrico e gastrocirurgião RJ

5. Maior qualidade do sono

O excesso de peso e a má qualidade do sono são fatores que, muitas das vezes, estão associados. É recorrente o paciente relatar insônia ou outros distúrbios do sono, como a apneia. 

Além disso, a falta de sono leva o indivíduo a ter mais fome durante o dia. Ou seja, é um ciclo vicioso bastante difícil de quebrar. Os alimentos que essas pessoas procuram também costumam ser de baixa qualidade nutricional, como lanches, salgados e doces. 

A bariátrica tem mostrado efeitos positivos para tratar esses distúrbios, em especial, a apneia do sono. Para complementar, o pós-operatório envolve uma reeducação alimentar que auxilia o organismo a manter níveis adequados de nutrientes. Assim, consegue responder melhor a hormônios que regulam tanto o sono quanto o apetite. 

6. Prevenção contra diversos tipos de câncer

A obesidade está relacionada a riscos maiores para o desenvolvimento de, pelo menos, 14 tipos de tumores malignos. Alguns deles são câncer de: mama; reto; cólon; esôfago; ovário; pâncreas; estômago; tireoide; vesícula biliar; rim; fígado; mieloma múltiplo; útero; e próstata. 

Estudos indicam que aproximadamente 3,8% dos casos de câncer identificados todos os anos poderiam ser prevenidos com a perda de peso. Por isso, a bariátrica também tem a possibilidade de diminuir o risco do surgimento dessas neoplasias. 

Quem possui histórico familiar de câncer e está acima do peso deve ficar atento. Ao reduzir o IMC, as chances de repetir o problema caem consideravelmente. 

7. Melhora do desempenho sexual após cirurgias para emagrecer

Há indícios de que o desempenho sexual melhora significativamente após a realização de cirurgias para emagrecer. Isso acontece porque a obesidade causa uma série de alterações hormonais que acabam prejudicando a vida sexual, sendo viável reverter essa situação com os procedimentos bariátricos. 

As mulheres com o IMC acima de 35 ou 40, por exemplo, podem desenvolver síndrome do ovário policístico em virtude da resistência à insulina. A condição leva à infertilidade e à perda da libido. Os homens também são afetados no desempenho sexual com a perda do desejo nas relações. 

Conforme as pessoas perdem o peso corporal, a regulação hormonal normaliza e, consequentemente, a vontade sexual tende a reaparecer. Somando o fator hormonal com o aumento da disposição e da autoestima, é possível melhorar satisfatoriamente a vida sexual de quem passou por uma bariátrica.

Pés de mulher que está tentando perder peso em cima de uma balança - site Dr. Luiz Gustavo Oliveira, cirurgião geral e bariátrico Rio de Janeiro

Como é o pré-operatório das cirurgias para emagrecer?

As cirurgias para emagrecer são processos complexos, por isso exigem certos cuidados pré-operatórios para que tudo corra bem durante o procedimento e as chances de complicações sejam mitigadas.

Então, antes de realmente chegar à sala de cirurgia, o paciente passará por vários profissionais, fará muitos exames e precisará tomar algumas atitudes para facilitar o processo.

Consulta com um cirurgião bariátrico

O primeiro passo é consultar-se com o médico que será responsável pelo procedimento. Ele tem a missão de fazer uma avaliação completa para ajudar a determinar se o paciente está apto para a gastroplastia.

O profissional vai fazer uma avaliação antropométrica completa, o que inclui tirar as medidas corporais, verificar o peso, quantidade de gordura e outros detalhes físicos.

A segunda avaliação é chamada de dietética, em que são estudados os hábitos alimentares.

Mas o médico também vai fazer um questionário extenso sobre doenças existentes, quais foram as tentativas de emagrecimento, se o paciente pratica exercícios e se toma alguma medicação. Além de detalhes sobre a evolução do peso, para tentar entender quais foram os períodos em que a pessoa mais engordou e o que pode ter funcionado como gatilho para que ela chegasse a essa condição.

Prescrição de exames antes das cirurgias para emagrecer

A consulta inicial não é o suficiente para determinar se o paciente pode se submeter a uma das cirurgias para emagrecer. Ainda que ele cumpra os requisitos, é necessário fazer diversos exames para verificar sua saúde geral.

Então, durante a consulta inicial, o cirurgião vai recomendar uma bateria de exames. É a chamada avaliação bioquímica:

  • Eletrocardiograma;
  • Polissonografia;
  • TSH, T4 Livre;
  • HIV;
  • Beta HCG para as mulheres;
  • Bilirrubinas totais e frações;
  • Coagulograma;
  • Testes de hepatite B e C;
  • Endoscopia digestiva alta com pesquisa de H. pylori;
  • Prova de função pulmonar e teste broncodilatador;
  • Ultrassonografia de abdômen total;
  • Ecocardiograma com doppler colorido;
  • Raio-x do tórax PA e perfil;
  • Doppler arterial e venoso das pernas;
  • Hemograma completo.

Outros exames também podem ser solicitados, caso o médico julgue necessário.

Avaliação de uma equipe multidisciplinar

Muitos profissionais estão envolvidos no processo das cirurgias para emagrecer. Então, após se consultar com o cirurgião e realizar os exames, o paciente será avaliado por uma equipe multidisciplinar, composta por nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, cardiologista, endocrinologista e pneumologista.

Esses especialistas ajudam a definir se não há qualquer condição impeditiva para a realização da cirurgia, além de estarem aptos a sugerir ideais para facilitar o procedimento e a recuperação do paciente.

Caso seja necessário, eles também podem pedir outros exames.

Após o aval da equipe multidisciplinar, o paciente deve retornar ao gastrocirurgião para que ele avalie os apontamentos dos outros profissionais e finalmente faça a liberação para a cirurgia.

Avaliação com o anestesista antes das cirurgias para emagrecer

Quando o paciente está pronto para realizar uma das cirurgias para emagrecer, o anestesista, de posse de todos os exames e laudos, é responsável por aplicar os sedativos e ajudar no monitoramento durante o procedimento.

Mulher preparando-se para uma cirurgia para emagrecer segurando tigela de sopa - site Dr. Luiz Gustavo Oliveira, cirurgião geral e bariátrico Rio de Janeiro

É necessária uma dieta líquida antes da popularmente chamada cirurgia de redução de estômago?

A dieta líquida é geralmente adotada após a cirurgia bariátrica, popularmente (e de forma errônea) chamada de cirurgia de redução de estômago, sendo que o paciente se alimenta dessa forma por um período e vai lentamente introduzindo outros alimentos, até estabelecer uma dieta saudável convencional.

Porém, há alguns casos em que a dieta líquida é recomendada antes da bariátrica. Sua prescrição depende da avaliação médica individual de cada caso.

Quando receitada, a dieta se inicia 1 mês antes do procedimento. Ela é utilizada para diminuir a concentração de gordura no fígado e também no interior do abdômen.

Esse tipo de cuidado torna as cirurgias para emagrecer mais fáceis, rápidas e com menor probabilidade de complicações.

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