O Sleeve é uma das técnicas de bariátrica mais utilizadas atualmente. Essa técnica traz melhores resultados para os pacientes com obesidade mórbida e comorbidades, principalmente, no que diz respeito à perda e à redução de outros problemas de saúde relacionados.
Esse procedimento, também conhecido como gastrectomia vertical ou gastrectomia em manga, consiste na remoção da parte esquerda do estômago, o que faz com que exista uma diminuição da sua capacidade para armazenar comida. Trata-se de uma técnica considerada restritiva e metabólica, em que o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml).
Após a realização da cirurgia, há pacientes que chegam a perder até 40% do seu peso inicial, variando muito de uma pessoa para a outra. Essa porcentagem mostra que a intervenção pode realmente transformar bastante a qualidade de vida das pessoas obesas.
Além da perda de peso, o procedimento, que tem sido realizado há mais de 20 anos, mostra-se muito eficiente para controlar a hipertensão e as doenças dos lipídeos (colesterol e triglicérides).
Para obter melhores resultados com a cirurgia, é fundamental que o paciente siga as orientações do especialista e adote novos hábitos de vida depois da realização da intervenção, incluindo a prática regular de atividades físicas e uma dieta saudável.
Como é realizado?
Para a realização da cirurgia de Sleeve, é necessário que o paciente seja submetido à anestesia geral. Em relação ao tempo de duração, normalmente, o procedimento é feito em torno de 2 horas.
Após a intervenção, o paciente costuma permanecer internado no hospital por aproximadamente 1 a 2 dias, para que ele seja monitorado e receba os cuidados imediatos inerentes ao pós-cirúrgico.
Na maioria das vezes, essa cirurgia é viabilizada por videolaparoscopia. Nessa modalidade cirúrgica, são feitos pequenos buracos no abdômen do paciente, por onde são inseridos os tubos e demais instrumentos, tornando viável a realização de cortes mínimos no estômago. Com a videolaparoscopia, não há necessidade de fazer um corte grande na pele, sendo umas das principais vantagens dessa técnica.
No decorrer do procedimento, o cirurgião realiza um corte na vertical, retirando a parte esquerda do estômago e deixando o órgão em forma de tubo ou manga de camisa, semelhante a uma banana.
Pelo fato de ser removido até 85% do estômago durante a intervenção, isso o torna bem menor, fazendo com que o paciente sinta mais saciedade, coma menos e, consequentemente, perca peso.
Vantagens do Sleeve
Por ser um procedimento cirúrgico bem avançado e moderno, que não exige grandes cortes, o Sleeve apresenta várias vantagens em relação às demais técnicas de bariátrica existentes nos dias de hoje.
Entre os seus principais benefícios, estão:
• O paciente deve ingerir entre 50 a 150 ml (mililitros) por tomada, aproximadamente, em vez de 1 l (litro), que é o padrão habitual antes da cirurgia;
• O paciente obtém maior perda de peso quando comparada ao resultado conquistado com outras técnicas, como a banda gástrica ajustável, além de não necessitar de ajustes da banda;
• É possível transformar a gastrectomia em Bypass Gástrico, caso isso seja necessário;
• O intestino não sofre alterações, preservando, dessa forma, a absorção normal de nutrientes essenciais;
• Trata-se de uma cirurgia tecnicamente mais simples que o Bypass, permitindo a perda de peso ao longo de vários anos e com menos risco de complicações.
Desvantagens do Sleeve
Assim como toda cirurgia, o Sleeve é um procedimento invasivo, mesmo que o corte realizado no paciente seja consideravelmente menor, e que necessita de anestesia, portanto, envolve os riscos relativos ao processo anestésico.
Além disso, uma das desvantagens da técnica é o seu caráter irreversível, já que a parte retirada do estômago não pode ser recuperada. Ademais, existem pacientes que apresentam incidência ou piora em quadros de refluxo gastroesofágico.
Outro fator negativo está associado à possibilidade de ocorrer deficiência nutricional no organismo do paciente, em razão da restrição alimentar que a técnica exige. Felizmente, essa deficiência pode ser revertida por meio da suplementação de vitaminas e minerais.
Riscos envolvidos e pós-operatório
Após a realização do Sleeve, o paciente pode ter náuseas, vômitos e azia. No entanto, as complicações mais graves dessa cirurgia incluem o surgimento de uma fístula, ligação anormal entre o estômago e a cavidade abdominal, que pode aumentar as chances de infecções. Caso isso ocorra, poderá ser necessária uma nova cirurgia.
A recuperação pode demorar entre 6 meses e 1 ano. A perda de peso acontece de forma gradual, sendo muito importante que o paciente faça mudanças no seu estilo de vida.
Veja alguns cuidados que o paciente deverá ter após a cirurgia, para que a sua recuperação seja mais breve e menos dolorosa:
• Seguir rigorosamente a dieta passada pela nutricionista;
• Fazer uso de um protetor gástrico antes das refeições, visando proteger o estômago;
• Fazer uso de analgésicos via oral, caso sinta dor;
• Fazer os curativos após a intervenção;
• Iniciar a prática de atividade física leve após 1 ou 2 meses, de acordo com a orientação do profissional;
• Notificar o especialista que o acompanha, caso apresente algum sintoma diferente dos previstos no pós-cirúrgico.
Embora a perda de peso seja normalmente rápida, o paciente poderá recuperá-lo, se não seguir as orientações dos especialistas após o procedimento.
Como o estômago perde a capacidade de comportar grandes quantidades de alimentos devido à intervenção, o paciente terá dificuldade de comer excessivamente, sendo indispensável adquirir novos hábitos alimentares e investir na suplementação vitamínica.
Importância de cuidar da saúde emocional do paciente após a técnica sleeve
Depois da cirurgia do Sleeve, todo paciente deve cuidar da sua saúde emocional. Geralmente, pessoas com sobrepeso apresentam dificuldades ligadas à sua imagem e autoestima, sendo que, em alguns casos, a obesidade pode ser uma consequência de questões psicológicas anteriores.
Diante disso, o impacto da mudança brusca na alimentação, no peso e no estilo de vida do paciente após a cirurgia não deverá ser ignorado, levando-se em conta o seu histórico psicológico. Assim, o paciente deverá procurar por acompanhamento de um psicólogo, parte integrante da equipe multidisciplinar, para conseguir lidar melhor com essa nova fase.
Portanto, os familiares e as pessoas próximas, bem como o próprio paciente, deverão estar atentos ao quadro de saúde mental. Nesse momento, é importante que os envolvidos não hesitem em buscar ajuda profissional, caso haja necessidade.
Dieta antes da bariátrica sleeve
Quem pretende realizar a bariátrica sleeve precisa começar a se preparar meses antes, tanto com atendimento médico quanto com dieta. Sabemos que pacientes que receberam a indicação para o procedimento cirúrgico não conseguiram emagrecer com métodos tradicionais. Contudo, a dieta preparatória é importantíssima, para aumentar as chances de sucesso.
A dieta antes da cirurgia bariátrica é importante para controle das doenças associadas (diabetes, hipertensão, etc) e para reduzir a quantidade de gordura dentro do abdômen e o tamanho do fígado. Para conseguir acessar o estômago, o cirurgião precisa passar por esse órgão, utilizando um aparelho afastador na maioria dos casos.
Portanto, é essencial realizar o acompanhamento nutricional, conforme recomendado pelo gastrocirurgião. O nutricionista ajuda também a começar a adaptação à nova alimentação no período após a cirurgia.
As compulsões alimentares também precisam de tratamento nesses meses que antecedem. Nesse caso, o trabalho ocorre em conjunto com o psicólogo responsável pelo caso.
Por que realizar dieta antes da cirurgia bariátrica?
A dieta antes da cirurgia bariátrica é importante mais pelo fígado do que pelo peso em si. O grande problema é que boa parte dos indivíduos obesos possui uma condição chamada de esteatose hepática. Ela ocorre por causa do acúmulo de gordura no fígado, que prejudica as suas funções e aumenta o seu tamanho. Sendo assim, fica mais difícil de acessar a região do estômago.
Em casos com o fígado muito dilatado, o cirurgião especialista chega a desistir de realizar o procedimento devido ao alto risco. Conforme a pessoa realiza a dieta pré-bariátrica seguindo as orientações nutricionais corretas, é possível controlar a esteatose. Desse modo, a operação fica mais segura.
Exemplo de cardápio pré-cirurgia sleeve
A dieta para pacientes que vão realizar a cirurgia sleeve é individualizada. Somente o nutricionista, com o auxílio do cirurgião, pode definir exatamente o que incluir no cardápio. O que citamos aqui é apenas um guia com algumas dicas, entretanto, é fundamental consultar o médico antes de incluir ou retirar um alimento da rotina pré-operatória de alimentação do paciente.
Durante o período pré-cirúrgico, o ideal é diminuir a quantidade de calorias e alimentos industrializados consumidos. Dê preferência para o que vem da horta e alimentos cozidos, algumas alternativas são:
- Frango, peixe ou carnes magras grelhadas.
- Cereais integrais. A recomendação é trocar o arroz branco pela versão integral, que é mais saudável.
- Doces e sobremesas somente zero açúcar (dê preferência às gelatinas diet).
- Alimentos com pouco sal, para controlar a hipertensão arterial.
- Vegetais e legumes crus ou cozidos.
As massas, os pães e os doces são grandes vilões na preparação. Por serem ricos em amido e açúcares refinados, esses itens alimentícios prejudicam o emagrecimento e favorecem o acúmulo de gordura no corpo.
Aqui vale a pena reforçar: tudo deve ser decidido em conjunto com o nutricionista. Mesmo alimentos aparentemente benéficos, como frango e grãos integrais, podem engordar e contribuir para o acúmulo de gordura no fígado, quando consumidos em excesso. Respeite as porções recomendadas e as comidas selecionadas pelo especialista.
O que comer 2 dias antes da bariátrica sleeve?
Nos dois dias antes da cirurgia bariátrica sleeve, a dieta fica mais restritiva, visando preparar o sistema digestivo. Boa parte dos cirurgiões pede que o paciente não consuma em hipótese alguma:
- Refrigerantes e qualquer tipo de bebida gaseificada.
- Bebidas com cafeína. Isso inclui chás, café, doces, entre outros.
- Medicamentos que afinam o sangue.
Outra recomendação é adotar a dieta líquida restrita, com a finalidade de promover um tipo de “limpeza” no sistema digestivo. Com o corpo livre de toxinas e resíduos no intestino, o médico consegue acessar o local da cirurgia com maior facilidade.
Alguns dos alimentos que podem fazer parte do cardápio são:
- Caldos.
- Gelatina diet.
- Água.
- Chás sem cafeína (nada de chá verde ou preto).
- Shakes de proteína recomendados pelo nutricionista.
Dieta no pós-cirúrgico de sleeve
Após a cirurgia sleeve, começa um período de recuperação do estômago e intestino que dura algumas semanas. Mesmo que o procedimento ocorra por videolaparoscopia, ou seja, de maneira minimamente invasiva, os órgãos passaram por mudanças significativas e precisam de um tempo para cicatrizarem.
Além disso, também está iniciando o momento de maior perda de peso para o paciente. Nos primeiros dias, a dieta não parece um desafio tão grande, porque o corpo está produzindo uma quantidade drasticamente baixa de grelina. Esse é o hormônio responsável pela sensação de fome.
Com o tempo, o organismo adapta-se à nova realidade, mas a vontade de comer retorna com tudo. Todavia, esse é o momento de maior foco e dedicação, para conseguir manter os resultados da cirurgia. Sem a dieta adequada, o paciente tem risco de desenvolver complicações pós-operatórias. Confira como funciona cada etapa da dieta abaixo.
Dieta líquida restrita
A dieta líquida restrita ocorre durante a primeira semana de pós-operatório. Esse é o momento mais crítico, quando o sistema digestivo está bastante fragilizado e não consegue digerir uma refeição normal. Por isso, somente a ingestão de líquidos claros e sem resíduos está liberada.
Alguns dos alimentos permitidos depois da sleeve incluem:
- Água.
- Água de coco.
- Caldos. Você pode fazê-los cozinhando legumes, frango ou carnes magras, removendo o alimento cozido e, em seguida, coando.
- Chás. Escolha entre erva-doce, capim-cidreira, camomila e hortelã ou outras versões descafeinadas.
- Café descafeinado. Cuidado, ele precisa estar bem fraco.
Está com vontade de ingerir outros líquidos nessa fase da dieta? Converse primeiro com o seu médico e a nutricionista. O Gatorade, por exemplo, é permitido por alguns, enquanto outros preferem que ele não esteja na lista.
Apesar de serem líquidos aparentemente sem resíduos, algumas bebidas precisam ser banidas nesse ciclo de reeducação alimentar. Entre elas, estão as gaseificadas e qualquer bebida que possua cafeína.
O açúcar e os temperos também ficam proibidos até a autorização médica chegar.
Dieta líquida completa
A partir da segunda semana da bariátrica sleeve, o paciente começa a sentir mais fome e também pode adotar a dieta líquida completa. Além dos alimentos permitidos na primeira semana, é viável incluir algumas proteínas e comidas abaixo:
- Sopas ralas batidas no liquidificador e coadas.
- Suplemento em pó de proteína sem açúcar.
- Pudim ou gelatina em pó diet.
- Iogurte desnatado sem gordura e açúcar.
- Suco de frutas, mas precisa estar diluído em água e sem açúcar. Deve-se evitar os preparados de frutas cítricas, como maracujá, laranja e limão, pois prejudicam o estômago nessa fase.
A restrição ao açúcar e à cafeína continua, mas quem prefere tomar chás e sucos adoçados pode começar a introduzir adoçantes.
Dieta pastosa
Finalmente, na terceira semana, é possível introduzir algo além de líquidos. Os alimentos agora são pastosos, geralmente, cozidos na forma de purê ou papinhas. Tudo precisa estar bem batido e coado, visando evitar resíduos maiores que ainda são difíceis de digerir.
Nessa etapa de reintrodução, o paciente precisa comer ao menos 60 g de proteína por dia. Caso tenha dificuldade para fazer isso na dieta, converse com o seu nutricionista, para que ele recomende um suplemento em pó.
É nessa semana que começa a introdução de novos alimentos. Isso deve acontecer de forma gradual, um a um, para entender como o seu corpo reage. Muitos pacientes comentam que a comida muda de sabor depois da intervenção cirúrgica, inclusive, que alguns pratos provocam gases ou desconforto abdominal. Isso é perfeitamente normal, contudo, você deve procurar o seu médico no caso de alguma reação mais incômoda.
Dieta sólida na quarta semana depois da bariátrica sleeve
A dieta sólida começa na quarta semana após a bariátrica sleeve e ainda exige alguns cuidados, apesar de ser mais livre que as outras etapas. O estômago continua mais sensível do que era antes, e as refeições precisam ser feitas com calma, mastigando tudo muito bem. O recomendado é que cada uma dure de 30 a 40 minutos.
Mesmo que o nome dessa dieta seja “sólida”, ainda recomendamos as opções moles. Conforme ganhar confiança, introduza frango e carnes magras em pedaços pequenos na alimentação. As carnes devem estar bem cozidas e com pouco tempero. Nesse período, usar pimenta e sal em excesso ainda é contraindicado.
As frutas e os vegetais cozidos também estão liberados. Isso inclui batatas amassadas e em pequenas porções. A boa notícia para os amantes de café é que já é possível introduzir uma pequena xícara por dia, sempre sem açúcar.
O restante da vida
Com a chegada da quinta semana, o paciente está teoricamente liberado para comer o que quiser. O que não significa que pode encher o prato com seus antigos alimentos preferidos livremente. O corpo ainda está se adaptando. Portanto, sempre que quiser comer algo novo, isso deve ser feito em pequenas quantidades, com o intuito de ver a reação do organismo.
Aqui vale a pena destacar que a perda de peso continua acontecendo e, para que o seu efeito seja duradouro e eficaz, a dieta saudável precisa ser mantida. Prossiga comendo as porções recomendadas pelo nutricionista e evite carboidratos e açúcar.
Também não belisque lanchinhos ao longo do dia e foque nas três refeições diárias. Os hábitos de hidratação também importam, então tenha uma garrafinha com água sempre por perto.
Quando começar os exercícios depois da bariátrica sleeve?
Os exercícios precisam fazer parte da rotina de quem passou por uma bariátrica sleeve. As maiores dúvidas para boa parte dos pacientes e familiares são: quando é possível começar; e qual é a intensidade adequada. Aqui vemos mais uma vez, a importância de receber o acompanhamento multidisciplinar correto.
Apenas o profissional de educação física, em conjunto com o gastrocirurgião, consegue recomendar a frequência e a intensidade apropriada para cada indivíduo. O que se tem certeza absoluta é que há necessidade de realizar exercícios de força e de resistência aeróbica tanto para emagrecer quanto para evitar a perda de músculos.
Melhores atividades físicas após a cirurgia sleeve
Inicialmente, o corpo está em processo de recuperação da cirurgia sleeve, e alguns pacientes têm medo de se moverem muito. Logo nos primeiros dias de pós-operatório, o cirurgião já recomenda retomar as atividades com caminhadas curtas.
O essencial é que elas façam parte da rotina. Andar 10 minutos dentro de casa já ajuda o corpo nesse período de adaptação à nova condição. Com o tempo e melhora da resistência física, as caminhadas podem ficar mais longas.
Assim que o médico responsável permitir, também é possível iniciar com as atividades que mencionaremos a seguir. Dividimos por categorias, já que cada paciente deve escolher aquilo que mais o agrada, para conseguir manter a prática por muito tempo.
1. Alongamentos
Exercícios para alongar e conquistar mais flexibilidade fazem parte da prevenção de lesões, para conseguir praticar outras atividades ou esportes. Algumas das modalidades que cooperam nesse sentido incluem:
- Yoga.
- Pilates.
Caso a pessoa se sinta excessivamente “travada” no período pós-operatório, vale a pena procurar por um fisioterapeuta, para que ele indique uma rotina de alongamentos e exercícios de flexibilidade personalizados.
2. Exercícios cardiovasculares auxiliam na perda de peso após a sleeve
Os exercícios cardiovasculares são fundamentais para ajudar na perda de peso após a cirurgia sleeve. Além do mais, essas atividades contribuem para a saúde cardiorrespiratória. Os exercícios desse tipo também fazem o corpo liberar endorfina, hormônio responsável pelo prazer e bem-estar. Isso significa menos sensação de ansiedade e melhores noites de sono.
A parte boa é que existem dezenas de exercícios considerados como “cardio”, incluindo:
- Caminhar e correr.
- Nadar.
- Pular corda.
- Treinamento funcional ou crossfit.
- Andar de bicicleta.
- Outros.
Importante: as atividades mais “pesadas”, como treinos de crossfit, não podem começar imediatamente após o procedimento cirúrgico. Consulte o seu médico, para saber qual intensidade está liberada e quando pode começar essas modalidades mais intensas.
Nunca inicie um plano de atividades físicas sem consultar o médico antes.
3. Fortalecimento
A perda rápida de peso que ocorre depois da bariátrica faz com que o corpo queime tanto gordura quanto massa magra. Isso é um problema que eleva os níveis de flacidez na pele e o risco de lesões articulares com a prática de atividade física.
Portanto, qualquer cronograma pós-bariátrico precisa envolver exercícios de fortalecimento. Eles podem ocorrer com o auxílio de equipamentos, como na musculação tradicional, com pesos livres ou até somente com o peso do corpo. A escolha é do paciente e de seu treinador, de acordo com a recuperação da cirurgia.
Bem como nas outras atividades, os pesos iniciais devem ser leves, e o exercício feito com baixa intensidade. Só depois de um período de adaptação, é viável aumentar a carga sem maiores riscos ao corpo.
Acompanhamento multidisciplinar após bariátrica sleeve
Quem disse que as visitas ao médico terminam depois da cirurgia de bariátrica sleeve? Na realidade, o acompanhamento com o gastro e o restante da equipe que realizou o preparatório para o procedimento deve ocorrer pelo resto da vida. O que muda é a frequência, que deve ficar menor com o passar do tempo.
A equipe multidisciplinar é composta por:
- Cirurgião do aparelho digestivo.
- Nutricionista.
- Psicólogo.
- Endocrinologista.
- Cardiologista.
- Profissional de educação física.
O nutricionista, por exemplo, acompanha cada uma das etapas da dieta após a operação. Ele também ajuda o paciente no processo de adaptação à nova situação, para evitar o reganho de peso. O profissional de educação física tem um papel similar, contribuindo para manter a massa magra e queimar calorias por meio dos exercícios.
1 Comentário
Artigo maravilhoso!! Elucidou minhas dúvidas.